Wednesday, May 30, 2007

ще има!

Hoje este post tinha de ser em búlgaro... não se preocupem os nacionais, não se passa nada comigo nem com a minha família.

има моменти когато само думи не помагат... но само тях имаме!
това и голямото желание да има, макар и далече, още весели дни.
ще има!

Tuesday, May 29, 2007

GREVE GERAL

Amanhã a dona dest blog faz
GREVE!
não sente grande vontade de se justificar
apenas dirá que se sente desconsiderada, nem sequer maltratada, apesar de já o ter sido bastantes vezes, apenas dirá que está farta de menosprezos crónicos, de ameaças, de indiferenças cruéis, está muito, muito farta. Vai daí faz greve. E é tudo.

Tuesday, May 15, 2007

SALVAÇÕES

Há coisas que nos salvam de enlouquecer em momentos difíceis da nossa vida: quando o meu primo (dito assim só pode ser um e olhem que tenho umas duas dezenas deles) – teve o acidente, o que me salvou foi a música de António Pinho Vargas; agora que escrevo sem fim , são os videos de Little Britain – a loucura no seu expoente máximo, uns rapazes belos e inteligentes, cada um à sua maneira, claro...fantásticos actores, observadores dos tiquezinhos humanos mais reles que nos deviam pôr a chorar, mas que nas mãos deles nos fazem rir e apreciar mais a vida... Estou a falar de DAVID WALLIAMS E MATT LUCAS, COM MAIÚSCULAS, é claro!
(não sei se o riso se pode aprender ou se vem de dentro, se fica nos nossos genes desde o momento da concepção – a partir de vários exemplos na família inclino-me para a segunda hipótese: tive avô, pai e tenho tios, todos com sentido de humor, eu própria sinto-me cada vez mais como eles e já vejo a filha atirar-se para o chão, para rir às gargalhadas. A culpa é do tal avô, estou convicta. O mau génio, esse, vem-me da avó, por acaso também paterna)

Friday, May 11, 2007

Cais

Confesso - às vezes escrevo umas coisitas. A de hoje já tem uns anos, mas mandei-a publicar há dias.

CAIS

Cais dos paquetes
das longas esperas
dos braços cansados
estendidos em acenos
Cais das lonjuras
das cadências
das vagas que vão
mas não chegam,
onde nunca
é a palavra mãe,
a certeza das certezas.

Cais das promessas,
dos navios iluminados
na palidez do rio
dos sonhos estilhaçados,
dos marinheiros tristes,
assombrados
dos desejos mais secretos
e de secretas vinganças.

Cais dos amores proibidos
cais das senhoras de chapéu
das matinés, dos matizes,
das palavras sussurradas
ao ouvido dos amantes,
do fim da esperança.

Cais dos poetas abandonados
Cais de todos os começos
de todos os cansaços

dos desafios impossíveis
dos temidos reencontros
(e se eu agora já não sou quem tu esperas?)
Cais do bulício das bagagens,
dos caixotes, das amarras,
bombordo e estibordo de mim mesma
anseio de partir,
partir, partir.

Cais das marés adiadas,
dos acenos encenados

Fico em ti ancorada
à espera
do silvo que me ordene
a mais sonhada das partidas
estática, impune,
agrilhoada
com âncoras de sal.

Wednesday, May 02, 2007

- És um estafermo!, atirou-lhe de repente e sem que nada o fizesse prever.
O outro olhou-a estupefacto e nada disse, como se aquela fosse uma fala normal, no meio do silêncio.
- O que te vale é que eu gosto tanto de ti que até me esqueço!

Excerto de “diálogos imaginários”, que ainda não foi escrito, por issso não sabemos de quem é
Nota: apeteceu-me pôr esta parvoíce no blog – suponho que é sobre a amizade