Tipos de blogs

Há-os de todos os tipos, os mais diferentes.
Há os blogs confessionário, os blogs caderno diário, os blogs de intervenção política, os de acção educativa, os de edição artística, os blogs vazadouro (caixotes onde jogamos o nosso lixo numa tentativa de reciclagem), os blogs expansionistas, os blogs chauvinistas, os sexistas, os racistas, os feministas, os blogs em aberto, os blogs em circuito fechado, os blogs em curto circuito, os blogs de engate (claro, como me poderia esquecer?), do tipo arranja marido ou engata gajas naifs que chegue para acreditarem em tudo quanto aqui se escreve, os blogs gays e de lésbicas, os blogs em flocos de neve, os blogs raivosos, os blogs do tipo “vai-te catar”, os “não batam mais no ceguinho”, os blogs “espera aí que já te atendo”, os blogs de recordações, os de música e de poesia, de política, os de fotografia (e há-os lindos), os blogs com sonetos, os utilitários (acho que teríamos dificuldade em sobreviver sem eles…), os blogs com erros ortográficos, os blogs dos amigos (onde vamos escrever fazendo de conta que não os conhecemos), os blogs esfarrapados, os blogs pobrezinhos (como o meu), os blogs chiques, os armados em finórios (como certos restaurantes onde passamos fome e pagamos como reis), os blogs com patrocínios, os blogs com links para outros blogs, os blogs esteticamente ousados, os blogs esteticamente correctos, os blogs em fundo negro, os blogs em fundo claro, os desavergonhados, os javardos, os púdicos, os pornográficos, os polidos, os selvagens, os preguiçosos (1 post por ano), os frenéticos (3 posts por dia) os que ainda não querem ser blogs e ai, desculpem-me, etc, um enorme e incomportável para a minha pena naipe de tipos de blogs
... e finalmente há o meu, o qual alguém se dedicará a catalogar, mas não eu.
Ponto final.
Parágrafo.

Eu blogo-me

Pronto, gente, mais cedo ou mais tarde eu teria de confessar: eu blogo-me. Dantes eu escrevia compulsivamente em caderninhos imundos, de vários tamanhos e feitios, (transportados aos trambolhões no meio da tralha feminina da ordem) com o que estava mais à mão: lápis, caneta ou esferográfica borrona. Agora é pior: são fotos, textos meus ou alheios, tudo serve para alimentar o vício nojento a que já não posso resistir. É assim como uma espécie de: eu blogo, logo existo!

EMPIRE FALLS

Hoje não vou falar de Empire Falls. Levar-me-ia muito tempo, um bem que não possuo...
Vou apenas referir a ternura de um Ed Harris, a genialidade de um Paul Newman ou de Helen Hunt, a forma inteligente de nos prender a uma história de um lugar da América, mas que podia ser a história de outro qualquer lugar do mundo. E colocar o nome desta mini série no título do post, para não me esquecer dele, mesmo que a memória, traiçoeira, venha a varrê-lo dos neurónios...

Tretas

De repente acho esta treta dos blogs tão pretensiosa. Afinal para que serve um blog? Cumpre alguma função que um caderninho e uma caneta não cumpram?
Respondam, já agora, sempre é uma coisa que não podiam fazer ao caderninho…
Mas é óbvio que daqui tão longe não vos posso obrigar – só vos posso assediar, mas isso só se vierem cá espreitar, é claro…
Em último caso só ociosos ou pessoas mesmo muito amigas é que cá podem vir, se não tiverem coisa melhor para fazer, é óbvio. E comentar, só a trabalheira… quem é que está para isso?

Enfim, hoje não me apetece nada útil!

Espiga de arroz com o Sado em fundo