Conto do pez e do louro
Gostava à bruta daquele cheiro intenso da resina de pinheiro na destilaria. Sub-repticiamente, com todas as cautelas, introduziu-se nas instalações da fábrica. Não queria mais nada senão inalar, inalar, inalar…
Chegou-se bem perto da barca, onde o cheiro lhe pareceu ser mais forte. Empoleirou-se e foi aí que a coisa se deu. Caiu lá dentro.
Destilaram-no ao meio-dia.
Derramaram-no, juntamente com o resto do pez daquela “fornada”, num tabuleiro longo, onde ficou a secar.
Mais tarde veio o controlador de qualidade, homem competente mas um pouco distraído e recolheu pequenas amostras cúbicas para análise laboratorial.
O operador colocou-as, duas de cada vez, na máquina com a escala cromática. Espreitou pelo óculo e, acto contínuo, ouviu-se um berro de aflição:
- Jacinto, o que fazem um olho e meio nariz dentro das minhas amostras?
Jacinto não estava por perto.
(não sei porquê, mas acho que o cheiro da resina dentro do gabinete não me está a fazer nada bem)
Chegou-se bem perto da barca, onde o cheiro lhe pareceu ser mais forte. Empoleirou-se e foi aí que a coisa se deu. Caiu lá dentro.
Destilaram-no ao meio-dia.
Derramaram-no, juntamente com o resto do pez daquela “fornada”, num tabuleiro longo, onde ficou a secar.
Mais tarde veio o controlador de qualidade, homem competente mas um pouco distraído e recolheu pequenas amostras cúbicas para análise laboratorial.
O operador colocou-as, duas de cada vez, na máquina com a escala cromática. Espreitou pelo óculo e, acto contínuo, ouviu-se um berro de aflição:
- Jacinto, o que fazem um olho e meio nariz dentro das minhas amostras?
Jacinto não estava por perto.
(não sei porquê, mas acho que o cheiro da resina dentro do gabinete não me está a fazer nada bem)