Wednesday, February 28, 2007

De novo, para que me serves, blog?

De repente fez-se luz. Esta crónica não pode fazer sentido! E realmente não faz… é o teu fantasma ténue que me comanda os gestos. Ele que me aparece na mesma noite duas vezes - na música que amavas (ainda amarás?) e na imagem de ficção do que já partiu e era como tu. Como sois difíceis, vós, os fantasmas. E carecas. Sois carecas, mais das vezes. Só tive um que o não era…
Desespera-me o barulho nocturno do fio de urina do vizinho de cima, o tic-tac do contador da água, o chinelar ronceiro da vizinha de cima, espelhos da miserável arquitectura deste prédio. As queixas da outra, todos os dias uma (faz-me lembrar o tipo da cadeira de rodas em Litle Britain), o barulho insuportável da rua – ambulâncias, motas, gritos de bêbados.
A tua mão escreve por mim – é assim, e é se me queres ler! Mas não te dês ao trabalho de querer entender tudo. Tudo, só se cá vieres ouvir os mesmos barulhos que tenho à disposição. Surrealista, esta treta, não é?
Mas agora já te escapei: escrevo o que quiser, quando quiser, se muito bem me apetecer!

0 Comments:

Post a Comment

<< Home