O banco dos compadres
Foi a minha filha que o baptizou assim, ao banco. Já não sei o ano em que o meu tio, carpinteiro de sua antiga profissão, o construiu. Mas sei que foi para uma das festas de Sta Maria, perto de um 15 de Agosto. O assento é constituído por ripas de uma madeira tropical de boa qualidade. A estrutura, os pés, esses são de sólidos troncos de sobreiro, ainda cobertos de cortiça virgem. Se fosse preciso inventar um nome para o estilo desta peça de mobiliário poderia ser:
virgem..subero tropical ou coisa assim.....
Não sei o que acontece ao banco nos dias de inverno, se alguém o guarda e o protege das intempéries, da chuva, da geada. O frio intenso desvia-me daquela rota. De Verão, sim, o banco revive, renasce nas longas noites do escaldante verão alentejano. Antes e depois do jantar os compadres acorrem e ocupam os poucos lugares – 4 ou 5 que o banco oferece.
Como não chegam para a tertúlia que ali se promove, os mais retardatários e os mais novos, vão trazendo bancos ou cadeiras de campismo e vão-se reunindo à volta do dito.
Passa gente e mete conversa. Os apressados cumprimentam e vão à sua vida, ao Vitória beber um copo, jogar às cartas, os impacientes vão antes dar um giro pelo povoado, a ver se emagrecem, os ocupados vão lavar a loiça ou cumprir outra tarefa inadiável. Até que os primeiros anunciam – bom, são horas, vamos à deita.... e começa a desfazer-se a conversa e o enredo que ali nascem todas as noites... e o banco lá fica, impávido e sereno, único a gozar o fresquinho da noite.
virgem..subero tropical ou coisa assim.....
Não sei o que acontece ao banco nos dias de inverno, se alguém o guarda e o protege das intempéries, da chuva, da geada. O frio intenso desvia-me daquela rota. De Verão, sim, o banco revive, renasce nas longas noites do escaldante verão alentejano. Antes e depois do jantar os compadres acorrem e ocupam os poucos lugares – 4 ou 5 que o banco oferece.
Como não chegam para a tertúlia que ali se promove, os mais retardatários e os mais novos, vão trazendo bancos ou cadeiras de campismo e vão-se reunindo à volta do dito.
Passa gente e mete conversa. Os apressados cumprimentam e vão à sua vida, ao Vitória beber um copo, jogar às cartas, os impacientes vão antes dar um giro pelo povoado, a ver se emagrecem, os ocupados vão lavar a loiça ou cumprir outra tarefa inadiável. Até que os primeiros anunciam – bom, são horas, vamos à deita.... e começa a desfazer-se a conversa e o enredo que ali nascem todas as noites... e o banco lá fica, impávido e sereno, único a gozar o fresquinho da noite.
4 Comments:
banquinho dos compadres 4Ever!
quem será este anónimo?...que mistério!
Que inveja desse banquinho e de não me poder sentar lá tranquilamente a "tertuliar"...:)
Beijinhos, cachopa:)
andorinha
tenciono explicar-te onde é para experimentares
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